12.9.20
Caminheira
Veredas e atalhos são caminhos,
E todo caminho tem uma caminheira,
Com metas utopicamente redesenhadas,
E intransferíveis aqui, ali, acolá.
A cada meta, nobilíssima certeza,
Pois, caminhar é preciso,
Desistir de seguir, não é preciso.
Toda caminheira tem sonhos,
Fazendo pontes em veredas extasiadas.
O caminho de ida difere da volta,
A ida tem expectativa,
A volta tem saudade,
Portanto, o caminho é místico,
Mas, a caminheira é a pedra angular,
Caminheira e caminho:cúmplices viajores.
Iracema Crateús
11.9.20
PERSISTÊNCIA
Persistir é coessencial,
Desistir é um termo desconfigurante,
Portanto,a persistência é um distintivo,
Que onera valores para quem o detém,
Assim o faz por vias remanescentes.
A vida impõe urgência em toda ação:
Desistir ou dedicar-se a persistência,
É o que dará imponência ao benfeitor.
Iracema Crateús
10.9.20
VIDA - GENTE
Gente-Vida:instituição sublime.
Binômio, esse que enobrece,
Mas, desfazer de gente,
É ferir o preceito imputado à vida:
Que é vivê-la com preminência.
Nesse contexto,não se servirá a vida
D
Est
Assim deve ser um
A coloração sanguínea é única todos.
Todos almejam os mesmos objetivos,
Transpõe e, todos,
27.8.20
Leveza...
É tempo de clamar por leveza,
Mesmo em dias sem cores,
É tempo de contemplar o amanhecer,
E os seus primeiros raios solares,
E ainda, saudar o astro luminoso.
É tempo de caminhar e não correr,
Pois, o caminho é uma incógnita,
Faz-se necessário cautelar,
E dialogar com seu próprio silêncio,
Assim irá construir pontes seguras.
É tempo de refletir sua história,
E reescrever alguns capítulos,
Pois, relatos serão fixados
Nas páginas que ficaram em branco,
Ali, configurarão a leveza da vida.
Iracema Crateús
25.8.20
A VIDA ATUAL
De repente, a vida estancou,
Não foi: "stop a vida parou...?"
É o mandatário que assim o faz.
E não mais que de repente,
O sorriso ficou atrás das estampas,
Ele agora é esboçado pelo olhar.
Não importa se ele é esperança,
Ou se traz marcas de isolamento,
Ou se vagueia pelo labirinto do ontem.
Também, de repente, o abraço é virtual,
Com a frieza tecnológica do hodierno.
De repente, as mãos só acenam,
Porque o distanciamento agora salva.
E os valores são redesenhados,
E a vida humana é resignificada.
Iracema Crateús
24.8.20
Ansiedade
Anseia-se como a sede, pela água.
Combater-se-á com a água, a sede.
Mas ansiedade como desterrá-la?
Em época pandêmica, tão patente?
Ela se instala no eixo humano,
E se faz hospedeira do cerebelo,
Que fomenta os sombrios pensamentos.
Ela é ancestralmente diagnosticada,
Mas impera ascosa em tempos atuais.
Nem mesmo o eu poético entende,
Nem tão pouco frios banhos acalenta,
Mas a ardente fé estanca a ansiedade.
Iracema Crateús
22.8.20
Ansiedade
Anseia-se pelo abstratício dos desejos,
Ocorrendo uma multiansiedade na vida,
Em que as agruras são hostilizadas,
Pois se encontram tatuadas na alma.
Esse sentimento se personifica
E destabiliza o cotidiano de todos,
Promovendo episódios eufóricos
Que viabilizam nuances oníricas,
E, aos poucos se metamorfoseiam
Instalando-se na auréola
Para gestacionar utópicas probidades
Que borrifarão os andejos solidários.
Iracema Crateús
Anseia-se pelo abstratício dos desejos,
Ocorrendo uma multiansiedade na vida,
Em que as agruras são hostilizadas,
Pois se encontram tatuadas na alma.
Esse sentimento se personifica
E destabiliza o cotidiano de todos,
Promovendo episódios eufóricos
Que viabilizam nuances oníricas,
E, aos poucos se metamorfoseiam
Instalando-se na auréola
Para gestacionar utópicas probidades
Que borrifarão os andejos solidários.
Iracema Crateús
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