Cotidiano
Ainda, não se sabe o dia dele,
E nem se todos os dias o são.
Aqui, está o tal cotidiano.
Sabe que ele está vindo e indo,
Vindo e indo, trazendo misturas,
Não tão pura de variados sentires:
Sentir o cheiro, mas não tê - lo,
Sentir a lágrima e não vê - la,
Sentir a presença do vazio e tê - lo,
Sentir a saudade de tudo e do nada,
Sentir esse cotidiano e não vivê-lo,
Pois, o dia do cotidiano é cheio,
É abarrotado dos sentires.
E se o cotidiano pudesse cantar,
Cantaria! Não cantaria!
Dançaria com o som da harpa,
Ouvindo e sentindo o cotidiano.
Iracema Crateús
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