Havia um lápis no meio do caminho
Iracema Crateús
No meio do caminho, tinha um lápis,
No meio da sala, tinha um lápis,
Mas, o lápis quer escrever uma palavra.
Tem um lápis no meio da vida,
No meio da vida, têm findáveis pensamentos,
No meio de um léxico, tem a pululância emotiva.
No meio do caminho, há vidas e poemas,
No meio do caminho, há passos e passantes,
No meio do caminho, há sons e sonetos,
Mas, não havendo caminho, não haverá caminhante,
No meio do caminho, tem a ilação e o porvir.
No meio do caminho, tem esperança,
Tem no meio do caminho a petulância de um lápis,
Escreve que escreve e como escreve o não escrevível.
No meio do caminho, têm vários lápis e poucos escritos.
Tem no meio do caminho um lápis inebriando palavras.
No meio do caminho, têm palavras atônitas,
No meio do poema, têm léxicos ofegantes.
No meio da poesia, têm sentidos aliciantes,
Tudo isto tem no meio do poema e da vida.
No meio do poema tem um extremável lápis
Que grafa com lisura os trejeitos dessa comoção.
30.9.16
Poesia
Iracema Crateús
Se a poesia falasse,
E se ópera ela cantasse,
Se dela eu precisasse,
E com ela eu dançasse a valsa vianense.
Para as epopeias exaltarmos.
Pedir-lhe-ia que coloridas borboletas colhesse,
E na minha janela elas pousassem,
Para os meus dias enfeitarem,
E os meus sonhos matizarem.
Poetizar é humanizar as aliterações,
É rescindir a tristeza das palavras,
É soltar o sentimento dos verbos,
É desarmar os trocadilhos.
É destroçar as rimas sonoras.
Vai versos e vêm estrofes,
Vai tercetos, quartetos e quintilhas
Para os poemas completarem
E deles me encantarei,
E aos seus desvarios poéticos me entregarei.
Iracema Crateús
Se a poesia falasse,
E se ópera ela cantasse,
Se dela eu precisasse,
E com ela eu dançasse a valsa vianense.
Para as epopeias exaltarmos.
Pedir-lhe-ia que coloridas borboletas colhesse,
E na minha janela elas pousassem,
Para os meus dias enfeitarem,
E os meus sonhos matizarem.
Poetizar é humanizar as aliterações,
É rescindir a tristeza das palavras,
É soltar o sentimento dos verbos,
É desarmar os trocadilhos.
É destroçar as rimas sonoras.
Vai versos e vêm estrofes,
Vai tercetos, quartetos e quintilhas
Para os poemas completarem
E deles me encantarei,
E aos seus desvarios poéticos me entregarei.
MULHERES
Iracema Crateús
Meninas- mulheres que entusiasticamente sonham.
Mulheres - meninas que se habilitam a amarem infinitamente.
Elas se profissionalizam de sentimentos ovantes,
Todas falam, todas riem, todas cantam e se encantam
Com os elementos vitais que lhes são ofertadas diariamente.
Mas também amam, desamam e, reamam de formas intendentes.
Traçam metas surpreendentes para uma caminhada feliz conquistar.
Detêm instintos carismáticos para o mundo se harmonizar.
Esbanjam voluptuosas belezas
Que se antagonizam com as Ninfas medievais,
E ainda apresentam múltiplas habilidades, tais
Como os mais simplórios afagos, porém delirantes
Que brotam brilhos oculares, como lamparinas dos Pirilampos.
9.4.16
REDONDILHA DE ANIVERSÁRIO
Viver é preciso;
Rememorar também é preciso.
A maior solenidade da vida é o próprio dia.
É o dia do seu, do meu e do nosso aniversário,
Portanto, celebre, vibre!
Pois, viver é preciso!
É preciso aplaudir a natividade.
Laureia intensamente cada hora, cada dia, mês e ano vividos;
Trafegue garbosamente pelos becos da superação;
Cantarole suavemente as notas propiciadoras de felicidade;
Pois, há lantejoulas nos sonhos para lhe guarnecer de brilho.
Derrube as tristezas;
Afaste as decepções;
Erga os olhos e os faça sorrir;
Se alguma lágrima rolar, acaricie-a;
Faça os momentos diminutos
Os mais significativos da vida.
Respingue coragem e espontaneidade
Sem mutilar as estações primaveris de contentamentos.
Fantasie a luta sem descaracterizar os seus objetivos;
Deleite-se com as metáforas inseridas neste poema,
Pois fazem parte desta comemoração.
Construa sonhos com revestimentos palpáveis,
E reagradeça sempre a Deus por mais vida e mais anos,
Porque feliz estou, feliz sou, feliz serei e feliz permanecerei.
Iracema Crateús
(09.04)
13.5.15
O olhar
A
poesia existe no olhar,
A
poesia existe no modo de olhar,
A
poesia existe nos olhos de quem olha.
Portanto,
existe poesia em todos olhares.
Existirá sempre
um olhar em outro olhar.
Além
da poesia que há nos olhares.
Há
também poesia no modo de ver.
Reside
poesia no entre olhar,
Reside
poesia no contorno dos olhares.
Reside
poesia no brilho de olhos sonhadores.
Os
olhos ofuscam os pensamentos,
Mas
não eclipsa os seus objetivos latentes,
Nem
anistia os mais secretos sonhos.
Iracema
Crateús
25.1.15
Pessoas
Pessoas são produções divinais,
Nelas residem semelhanças corpóreas,
Talvez sejam aparentes as aparências,
Mas não deixam de ser instigantes e cabulantes
As parecenças reais de cada pessoa.
Tem gente, têm pessoas,
Mas têm seres lindamente conquistáveis,
Têm criações que superaram os prognósticos de seus criadores.
Projetaram-se superiores aos desejos,
E surpreenderam-se a si mesmo.
Pessoas se melhoram a cada dia ou elevam os seus sonhos.
Pessoas riem cada vez mais ou olham cada vez menos para o outro.
Pessoas correm cada vez mais, mas esquecem dos seus sonhos.
Pessoas dançam mais do que deviam, pois choram menos que podiam.
Pessoas leem menos, mas precisam escrever mais e mais.
Pessoas precisam se escreverem para se inscreverem diante dos sonhos.
Pessoas só são pessoas se se bonificarem de virtudes.
Pessoas não podem deixarem de ser pessoas,
Pois pessoas só são pessoas se se melhorarem pelo melhor.
As pessoas só são pessoas se conseguirem ser significantes para os outros.
Ei, pessoas! Pessoas de cá,
Pessoas de lá
Pessoas de hoje e de amanhã,
Pessoas que melhoram outras pessoas,
Pois, façam de vocês as melhores dos melhores.
Iracema Crateús
15.4.14
P A L A V R A
Quero uma palavra
simples e casta,Que a verdade dela se encante.
Quero uma palavra exuberante,
Que enalteça o sonho e os sonhadores.
Quero uma palavra
esplendorosa,
Que possa ser usada com altivez e alegria.
Quero uma palavra sensível,
Para enviar otimismo aos leitores.
Que possa ser usada com altivez e alegria.
Quero uma palavra sensível,
Para enviar otimismo aos leitores.
Quero uma palavra
ostentadora,
Que possa promover uma reflexão.
Quero uma palavra benevolente,
Que alegre a todos.
Que possa promover uma reflexão.
Quero uma palavra benevolente,
Que alegre a todos.
Quero uma palavra utópica,
Mas que propague um rico realismo à vida.
Quero uma palavra afortunada,
Que enriqueça a todos com uma verde saúde.
Mas que propague um rico realismo à vida.
Quero uma palavra afortunada,
Que enriqueça a todos com uma verde saúde.
Quero uma palavra autêntica e saltitante,
Que enobreça a felicidade.
Quero uma palavra hábil,
Que humanize os textos.
Que enobreça a felicidade.
Quero uma palavra hábil,
Que humanize os textos.
Quero uma palavra viva,
Que felicite paz a todos os poemas.
Quero uma palavra colorida,
Que enfeite e alegre estes versos.
Que felicite paz a todos os poemas.
Quero uma palavra colorida,
Que enfeite e alegre estes versos.
Quero uma esquelética catacrese
Pois, aos léxicos outros sentidos iremos inferir.
Quero uma palavra robusta e um verso ardente
Para este poema completar.
Para este poema completar.
Iracema Crateús
9.4.14
REDONDILHA DE ANIVERSÁRIO
Viver é preciso,
Rememorar também é
preciso.
A maior solenidade
da vida é o próprio dia.
É o dia do seu, do
meu e do nosso aniversário,
Portanto, celebre,
vibre!
Pois, viver é
preciso!
É preciso aplaudir
a natividade.
Laureia
intensamente cada hora, cada dia, mês e ano vividos,
Trafegue
garbosamente pelos becos da superação,
Cantarole suavemente as notas
propiciadoras de felicidade,
Pois, há lantejoulas nos sonhos para lhe guarnecer
de brilho.
Derrube as tristezas,
Afaste as decepções,
Erga os olhos e os faça sorrir,
Se alguma lágrima rolar, acaricie-a,
Faça os momentos diminutos
Os mais significativos da vida.
Respingue coragem e espontaneidade
Sem mutilar as estações primaveris de
contentamentos,
Fantasie a luta sem descaracterizar os seus
objetivos,
Deleite-se com as metáforas inseridas neste poema,
Pois fazem parte desta comemoração.
Construa sonhos com revestimentos palpáveis,
E reagradeça sempre a Deus por mais vida e mais
anos,
Porque feliz estou, feliz sou, feliz serei e feliz
permanecerei.
Iracema Crateús
(09.04)
12.10.13
POEMA - Criança
A
criança nasce e permanece em todos,
Pela
essência de alegria,
Pela
verdade que se pratica,
Pelo
sorriso que se oferta,
Pela alegria
de sonhar,
Pela
singeleza do olhar.
Mas, para não perder esta criança,
Plante uma
roseira todos os dias,
Semeie
palavras de entusiasmo,
Inspire
serenidade para respirar felicidade.
Não esqueça
de brincar,
Não deixe
de sorrir,
Não se
permita não ser um crianção,
Não deixe de ter a pureza de uma criança,
Não negue abrigo
a uma boa fada no seu coração,
Não se permita
não ser feliz.
Não seja adulto
divorciado do ser criança.
Nem criança
sem a objetividade do adulto.
Ser humano
feliz sempre hospeda uma criança no interior.
Iracema Crateús
1.9.13
SETEMBRO
Setembro já desponta,
Inicia-se a primavera das borboletas amarelas,
O primaveril setembro dos pirilampos,
Os setembrinos vagalumes
Que o lusco-fusco dos sonhos,
Vem alegrar as flores,
Cheirar o límpido das águas,
Abstrair do sonho o dilúculo de cada ser,
Que cresce nos arrebóis da vida.
Vem beija-flores acariciarem os ramalhetes,
Procurando o aroma dos coloridos e o verdejar das maças.
Setembro viés das comemorações,
Setembro,
viés dos sonhos, vem nos fazer cantarolar.
Viés
de todos viés, vem setembrar a claridade do sol,
Vem
setembrar a luz da lua.
Vem
setembro enfeitiçar os setembrinos.
Setembro
de encantos e cantos vem encantar teu poemeto.
Iracema Crateús
25.8.13
SACOLA FANTÁSTICA
DE LEITURA
Ei! Sacola Fantástica, você vai de braço em braço,
De casa em
casa.
Você pernoita
com jovens e com famílias.
Você acalenta
a curiosidade dos mais inquietos,
Imputa os
diversos gêneros e histórias,
Dissipa as dificuldades
simples e complexas.
Vai Sacola
Fantástica, vai espargindo conhecimento nos seus idos,
Partilha os saberes
para construir outros e outros saberes.
Os seus
saberes são imensuráveis,
Que você leva
e traz,
Para que
muitos letramentos sejam construídos.
Você, Sacola
Fantástica, laureie-
se do louro conhecimento.
Faz-me
seguidora deste letramento,
Para que
fantasticamente outras leituras,
Você, Sacola
Fantástica, possa sempre levar.
Iracema Crateús
SÁBADO
O que seria a
vida sem o sábado?
O que seria
do sábado sem outro dia igual?
O que seria
da semana sem o frescor do sábado?
Como seria a
sexta feira sem a companhia benevolente do sábado?
Eis, que gênesis
tresdobra o poder do dia - dissabte:
“Deus
descansou, abençoou e santificou”.
E assim se refaz
a semana através destas máximas;
Pois o
domingo é o principiante de todas as labutas,
Mal o sol
desponta, exala das mãos,
Portanto, alegre-se
pelas taciturnas confraternizações
Entre
todos os dias semanais:
Sábado
desestrutura o cansaço;
Segunda
quebra o fulgor do sonho;
Terça
feira vem tragar a fantasia da labuta;
Quarta
feira vem trazer a quinta parte da coragem;
Quinta
feira traz a quíntupla alegria pela sua chegada;
Mas,
a sexta feira está no sêxtuplo anseio pelo seu encontro,
E
sábado?
Ele
balanceia o prazer da vida, da alegria, da sua chegada, da sua infinitude.
Iracema
Crateús
11.7.13
De palavra em palavra
faz-se um verso.
Vários versos mesmo
sem versificação formam uma estrofe.
E em cada estrofe
cultiva se um sonho.
A poesia se mistura
com os sonhos
Que são as partituras
dos poemas.
E a música poética
continuará sempre entre a poesia e o poema.
Eis que o sonho se intertextualiza
na poesia.
E assim surge a cumplicidade
entre a poesia e o sonho
Que acalenta os
desejos e as tristezas,
Inseridos nas
implicitudes das palavras, dos versos e das estrofes.
IRACEMA CRATEÚS
26.5.13
PALAVRAS
Iracema Crateús
Palavras têm sabores variados,
A leitura proporciona saborear as palavras.
Ler é degustá-las lentamente para melhor compreendê-las,
É senti-las sinestesicamente e ao mesmo tempo acariciá-las.
Formar parcerias com as palavras é adentrar na sua essência.
A palavra é latifúndio,
A palavra é metalífera,
A palavra é estonteadora,
Faz-se com ela afago ou talvez um desafogo.
A palavra vence e convence,
A palavra empobrece e enriquece,
A palavra exalta e estala.
Palavra assusta,
Mas também desfaz o susto.
Palavra fecha e abre portas.
E, portanto a palavra inicifinda.
12.5.13
Mãe,
Sinônimo de sabedoria,
de afetividade,
de maternidade,
de desprendimento,
de sensibilidade,
de humildade,
de compreensão,
de doutrinamento,
Mas, não pode ser antônimo de grandeza,
de suavidade,
de alegria,
de certeza,
de felicidade,
de
dignidade,
de bondade,
de amizade,
de coragem,
nem tampouco do amor.
E diante das
convenções socioculturais o ser mãe
É o didatismo milenar entre todas as
atividades.
É a
fundamentação teórica do amar mais.
É
o amor perfeito que se
corporifica.
É a abnegação da parte pelo todo.
E, de um ser por todos os seres.
E de um
sonho
Pela a realização
Do outro.
Iracema Crateús
16.3.13
Ler....
é certeza de conhecimento garantido,
é o progresso no presente e também no futuro,
é a conquista prosperamente ativa,
é a viagem estrategicamente completa,
é o crivo certo das riquezas culturais,
é o entendimento certo de uma leitura certa,
é o aprendizado que se constrói com o mundo icônico.
Iracema Crateús
24.1.13
Aniversário
É a poesia da vida,
É brincar com a imaginação,
Com os sonhos, com a realidade,
Como se brinca com as bonecas,
Dando lhes vidas próprias.
Só que,
As bonecas não choram com o cinza escuro de suas vestes,
Nem com o pão de concreto.
Elas fazem de conta que vivem.
E vivem.
O aniversário é real,
A vida é real,
As bonecas são reais,
A imaginação é real,
Os desejos são reais,
Sabem por quê?
Porque tudo é real.
Aniversário é momento em que se soma.
Somam-se alegrias,
Somam se metas,
Somam-se trajetórias,
Somam-se as felicitações,
Somam-se as amizades.
Amizades que se somam aos anos e, as verdadeiras amizades.
Iracema Crateús
2.1.13
ESPERANÇA
É uma menina, pequena, grande e moça,
Porque sempre renasce,
Porque tem olhos verdes,
Porque tem asas verdes,
Porque é toda verde.
A esperança se materializa.
As pessoas mais felizes têm esperanças.
As esperanças não têm tristezas.
Nenhuma delas: nem a minha e, nem a que voa.
As esperanças têm alegrias e todas são verdes.
Verde como a própria ESPERANÇA.
Iracema Crateús
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