30.9.18

Gratidão é...
Sensibilidade com o trato,
Profusão de humildade,
Hipersabedoria emocional,
Sorrisos entre os olhos,
Mas, a falta de gentileza e
Palavras agressivas sangram.
Pois, se quiser dizer não,
Pense na eficácia  do sim,
Desfaça as penumbras oculares,
Não afronte nem mesmo sob tensão,
Mas não desista de sorrir,
Não negue um abraço,
Não critique sem propriedades,
Não desfaça os análogos,
Pois o sentimento maior é a gratidão.
                           Iracema Crateús

2.9.18


Mãe,                                                                Sinônimo de sabedoria,
                                de afetividade,
                                de maternidade,
                                de desprendimento,
                                de sensibilidade,
                                de humildade,
                                de compreensão,
                                de doutrinamento.         Mas, não pode ser antônimo de grandeza,
                               de suavidade,
                               de alegria,
                               de certeza,
                               de felicidade,
                               de dignidade,
                               de bondade,
                               de amizade,
                               de coragem,
Nem tampouco do amor.
E diante das convenções socioculturais  o ser mãe
É o didatismo milenar entre todas as atividades.
É a fundamentação teórica do amar mais.
É  o  amor perfeito que se corporifica            É a abnegação da parte pelo todo.                  E, de um ser por todos os seres.
                          E de  um sonho
                          Pela a realização
                          Do outro.
 
Iracema Crateús
Olhares
Os olhares caminham sem limítrofes,
Vagueiam nos subterfúgios da alma. Eles fotografam visões inimagináveis,
E perambulam nos acordes sonoros,
Construindo roteiros cinematográficos.
É no olhar que a leitura se manifesta,
Recriando sobriedade nas lembranças,
Mesmo que lágrimas estourem,
E lamentos se entrelaçem
Para que as Vidas se vociferem,
Pois, os olhares são nossos refletores.
                                  Iracema Crateús


PALAVRAS
                                   Iracema Crateús
Palavras têm sabores variados,
A leitura proporciona saborear as palavras.
Ler é degustá-las lentamente para melhor compreendê-las,
É senti-las sinestesicamente e ao mesmo tempo acariciá-las.
Formar parcerias com as palavras é adentrar na sua essência.
Palavra é latifúndio,
Palavra é metalífera,
Palavra é estonteadora.
Faz-se dela afago ou talvez um desafogo.
Palavra vence e convence,
Palavra empobrece e enriquece,
Palavra exalta e estala.
Palavra assusta,
Mas também desfaz o susto.
Palavra fecha e abre portas.
E, portanto a palavra inicifinda.

1.9.18

Setembro
Setembriou com esperanças,
E também se acalora novo olhar,
Rejuvenesce-se pensamento,
Trabalha-se a humildade,
Refaz-se caminhos,
Desconstrói-se as tristezas.
Mas se constrói novos sorrisos,
E se abraça a vida,
E se rasga os obstáculos.
E quando Setembro terminar
Gargalhadas serão nossas vivências.
Feliz setembro.
                              Iracema Crateús



30.8.18



                                         Você

VOCÊ
                                       Você faz de um olhar múltiplas compreensões,
                                       Faz-se do Ser uma abrangência intransferível,
                                       Faz-se do conhecer a universalização de conceitos,
                                       Faz-se do falar uma consciência ampliada,
                                       Faz-se do sonho o sonífero das crueldades,
                                       Faz-se da esperança uma caminhada volátil,
                                       Faz-se de toda existência muitos arcos-íris.
                                     
                                       Portanto, vê-se que o olhar é a porta da alma,
                                                        Que passos são pontes,
                                                        Que sorrisos são senhas,
                                                        Que braços são abrigos,
                                                        Que a vida é a bênção do universo.
                                                                                                                  Iracema Crateús



VOCÊ

Você faz de um olhar múltiplas compreensões,
Faz-se do Ser uma abrangência intransferível,
Faz-se do conhecer a universalização de conceitos,
Faz-se do falar uma consciência ampliada,
Faz-se do sonho o sonífero das crueldades,
Faz-se da esperança uma caminhada volátil,
Faz-se de toda existência muitos arcos-íris.

Portanto, vê-se que o olhar é a porta da alma,
Que passos são pontes,
Que sorrisos são senhas,
Que braços são abrigos,
Que a vida é a bênção do universo.

Iracema Crateús
SACOLA FANTÁSTICA DE LEITURA

Ei! Sacola Fantástica, você vai de braço em braço,
De casa em casa.
Você pernoita com jovens e com famílias.
Você acalenta a curiosidade dos mais inquietos,
Imputa os diversos gêneros e histórias,
Dissipa as dificuldades simples e complexas.
Vai Sacola Fantástica, vai espargindo conhecimento nos seus idos,
Partilha os saberes para construir outros e outros saberes.
Os seus saberes são imensuráveis,
Que você leva e traz,
Para que muitos letramentos sejam construídos.
Você, Sacola Fantástica, laureie- se do louro conhecimento.
Faz-me seguidora deste letramento,
Para que fantasticamente outras leituras,
Você, Sacola Fantástica, possa sempre levar.
Iracema Crateús

7.8.18


Poesia - Sentimentos absolutos
                                                      Iracema Crateús
Sentimentos absolutos vagueiam nas artérias,
E ultrapassam lentes oculares,
Que repousa nos labirintos dos pensamentos,
Logo se transformam em arco-íris sorridentes.

E, a preponderância deles produzem lágrimas,
Em proporções veementemente límpidas e felizes.
Pois, desses apoucados sentimentos desabrocham sonhos.
Fica evidente que não são escolhidos, eles são aflorados.

Logo a sensibilidade exubera-se de acordo com os olhares,
      Pois se adentra na alma e se faz acalentadora dos devaneios.
Sonhos que se sentimentalizam, porém não se dissipam,
Nem se petrificam, mas cristalizam-se em absolutos sentimentos.

24.9.17

Outubro   

                                                . Iracema Crateús

Ou das duvidas e das letras nos verbetes,
Ou das alternâncias dos valores entre indivíduos,
Sejam em tribos ou grupos sociais.
Outubro das florações já chegou,
É a décima parte da escala anual.
Outubraremos com esperanças,
Exalando alegria e atraindo outros sonhos
Para logo, logo dezembriarmos de felicidade.
Chegue outubro, venha com ares primaveris,
Colori meus pensamentos com tintas reluzentes,
Mas, não se esqueça de pincelar meus caminhos,
E derramar orvalhos matinais por sobre eles.
Pois, quando dezembro chegar, a outubro agradecerei.

26.7.17

Poema  - Tratados do viver
                                            Iracema Crateús

Vida apresenta alguns tratados.
Tratado do viver sem economizar sentimentos,
Tratado da felicidade sem medir intensidade,
Tratado da coragem para desconstruir incertezas,
Tratado da alegria quebrará indiferenças,
Tratado da paz que universalizará corações,
Tratado dos desejos personificará sonhos,
Tratado da amizade solidificará irmandade,
Tratado de fé materializará Deus a todos que creem.
Vê-se na vida os mais diversos tratados,
Eis que inspiram outros e outros,
A formarem espirais de solares venturas.

8.4.17

Poema -  Depois de vários depois...                                                      

                                             Iracema Crateús  (09/04/17)
Depois de honoríficas utopias,
Depois de trabalhar feliz e com fé,
Depois que sucumbir as gargalhadas,
Porque não sorrir apenas com os olhos?

Depois de caminhar pela retidão dos valores,
Depois de silenciar diante das críticas,
Depois de apalpar os sonhos,
É necessário desvendar o desconhecido?

Depois de algumas incertezas,
Depois da ausência do altruísmo,
Depois das inconscientes carências,
Porque não promover o acolhimento?

Depois de tombos invisíveis,
Depois do imaginário vazio,
Depois de múltiplos olhares,
Porque vivenciar as inquietações?

Depois de curtos passos,
Depois de palavras ao vento,
Depois de desejos fragmentados,
Porque acreditar no fatalismo?

Depois de adentrar nos labirintos,
Depois de conjecturar a própria invisibilidade,
Depois de esfacelar as hematitas interiores,
Quais emoções deverão ser alforriadas?   






23.12.16





TIAGO CRATEÚS,


O aniversário é comparado ao Natal. As esperanças são renovadas, as alegrias ressurgem para cintilar o dia, os desejos são mentalizados, as amizades são manifestadas através de tantos afetos e mimos, todos brilhos se confundem com os sorrisos.
    
Segundo Fernando Pessoa,          “Não importa se a estação do ano muda...
                                                   Se o século vira, se o milênio é outro.
                                                   Se a idade aumenta...
                                                   Conserva a vontade de viver,
                                                   Não se chega a parte alguma sem ela.”

Completando as palavras de Pessoa, afirmo “a vontade de viver e de ser feliz”, energia propulsora que nos fazem serem “mais” dentro do “menos” que somos e possuímos. Feliz Aniversário!!!

Eu te amo e desejo a maior felicidade do mundo – Iracema – Dinha.

                                          23.12.2016

1.12.16



DEZEMBRO
                                                                     Iracema Crateús
Creio que dezembro seja o mês azul-verão,
Talvez pense nessa cor pelo céu-azul-sertão,
Período bastante saudosista e talvez meramente contemplativo,
Pois,  deixam-se os rastros natalinos povoarem festivos
Nas mentes infantis, juvenis e também de outros rincões.

E clamam em conjunto com os sinos a felicidade natalina, 
Mas também a alegria do menino nascente,
Ainda suplicam a paz viva, a paz celebrante, a paz contagiante.
E nesse clima cantarolam: "já nasceu o menino Deus", 
Lembre-se de que ele cresceu e assim espera atitudes humanitárias.

Como contemplar o mês doze com as doze dezembralizações:
Solidariedade, fraternidade, fidelidade, honestidade, amabilidade,
Responsabilidade, caridade, seriedade, humildade, igualdade,
Sem esquecer da lealdade e a liberdade para todos e com todos.

Dezembralizar  é voltar-se ao infinito interior sem constrangimento
E desenvolver as mais sutis contemplações sobre ações diárias,
E poder aspirar os aromas que se exalam das flores,
E ainda  expelir o doce através das palavras e dos afetos.







26.10.16






O depois
                                                         Iracema Crateús

Depois de muitos passos, nenhum destino,
Depois de  múltiplas perguntas, intempestivas respostas    
Depois de uma boa leitura, significativas concepções,
Depois de  violinos em movimentos, várias imaginações,
Depois  de ler  Assis, certeza de bons conhecimentos,
Depois de conhecer  Drummond, um imensidão versos,
Depois dos sonhos, a certeza nem sempre virá,
Depois de ofegantes olhares, uma infundada saudade.
Depois dos versos escritos, esvoaçantes estrofes são mimoseadas,
Pois, o depois é conjecturado para embelezar os elos vitais.   

30.9.16

Havia um lápis no meio do caminho
                                                              Iracema Crateús

No meio do caminho, tinha um lápis,
No meio da sala, tinha um lápis,
Mas, o lápis quer escrever uma palavra.
Tem um lápis no meio da vida,
No meio da vida, têm findáveis pensamentos,
No meio de um léxico, tem a pululância emotiva.

No meio do caminho, há vidas e poemas,
No meio do caminho, há passos e passantes,
No meio do caminho, há sons  e sonetos,
Mas, não havendo caminho, não haverá caminhante,
No meio do caminho, tem a ilação e o porvir.

No meio do caminho, tem esperança,
Tem no meio do caminho a petulância de um lápis,
Escreve que escreve e como escreve o não escrevível.
No meio do caminho, têm vários lápis e poucos escritos.
Tem no meio do caminho um lápis inebriando palavras.

No meio do caminho, têm palavras atônitas,
No meio do poema, têm léxicos ofegantes.
No meio da poesia, têm sentidos aliciantes,
Tudo isto tem no meio do poema e da vida.
No meio do poema tem um extremável lápis
Que grafa com lisura os trejeitos dessa comoção. 








Poesia 
                                Iracema Crateús

Se a poesia falasse,
E se ópera ela cantasse,
Se dela eu precisasse,
E com ela eu dançasse a valsa vianense.
Para as epopeias exaltarmos.

Pedir-lhe-ia que coloridas borboletas colhesse,
E na minha janela elas pousassem,
Para os meus dias enfeitarem,
E os meus sonhos matizarem.

Poetizar é humanizar as aliterações,
É rescindir a tristeza das palavras,
É soltar o sentimento dos verbos,
É desarmar os trocadilhos.
É destroçar as rimas sonoras.

Vai versos e vêm estrofes,
Vai tercetos, quartetos e quintilhas
Para os poemas completarem
E deles me encantarei,
E aos seus desvarios poéticos me entregarei.