23.12.16





TIAGO CRATEÚS,


O aniversário é comparado ao Natal. As esperanças são renovadas, as alegrias ressurgem para cintilar o dia, os desejos são mentalizados, as amizades são manifestadas através de tantos afetos e mimos, todos brilhos se confundem com os sorrisos.
    
Segundo Fernando Pessoa,          “Não importa se a estação do ano muda...
                                                   Se o século vira, se o milênio é outro.
                                                   Se a idade aumenta...
                                                   Conserva a vontade de viver,
                                                   Não se chega a parte alguma sem ela.”

Completando as palavras de Pessoa, afirmo “a vontade de viver e de ser feliz”, energia propulsora que nos fazem serem “mais” dentro do “menos” que somos e possuímos. Feliz Aniversário!!!

Eu te amo e desejo a maior felicidade do mundo – Iracema – Dinha.

                                          23.12.2016

1.12.16



DEZEMBRO
                                                                     Iracema Crateús
Creio que dezembro seja o mês azul-verão,
Talvez pense nessa cor pelo céu-azul-sertão,
Período bastante saudosista e talvez meramente contemplativo,
Pois,  deixam-se os rastros natalinos povoarem festivos
Nas mentes infantis, juvenis e também de outros rincões.

E clamam em conjunto com os sinos a felicidade natalina, 
Mas também a alegria do menino nascente,
Ainda suplicam a paz viva, a paz celebrante, a paz contagiante.
E nesse clima cantarolam: "já nasceu o menino Deus", 
Lembre-se de que ele cresceu e assim espera atitudes humanitárias.

Como contemplar o mês doze com as doze dezembralizações:
Solidariedade, fraternidade, fidelidade, honestidade, amabilidade,
Responsabilidade, caridade, seriedade, humildade, igualdade,
Sem esquecer da lealdade e a liberdade para todos e com todos.

Dezembralizar  é voltar-se ao infinito interior sem constrangimento
E desenvolver as mais sutis contemplações sobre ações diárias,
E poder aspirar os aromas que se exalam das flores,
E ainda  expelir o doce através das palavras e dos afetos.







26.10.16






O depois
                                                         Iracema Crateús

Depois de muitos passos, nenhum destino,
Depois de  múltiplas perguntas, intempestivas respostas    
Depois de uma boa leitura, significativas concepções,
Depois de  violinos em movimentos, várias imaginações,
Depois  de ler  Assis, certeza de bons conhecimentos,
Depois de conhecer  Drummond, um imensidão versos,
Depois dos sonhos, a certeza nem sempre virá,
Depois de ofegantes olhares, uma infundada saudade.
Depois dos versos escritos, esvoaçantes estrofes são mimoseadas,
Pois, o depois é conjecturado para embelezar os elos vitais.   

30.9.16

Havia um lápis no meio do caminho
                                                              Iracema Crateús

No meio do caminho, tinha um lápis,
No meio da sala, tinha um lápis,
Mas, o lápis quer escrever uma palavra.
Tem um lápis no meio da vida,
No meio da vida, têm findáveis pensamentos,
No meio de um léxico, tem a pululância emotiva.

No meio do caminho, há vidas e poemas,
No meio do caminho, há passos e passantes,
No meio do caminho, há sons  e sonetos,
Mas, não havendo caminho, não haverá caminhante,
No meio do caminho, tem a ilação e o porvir.

No meio do caminho, tem esperança,
Tem no meio do caminho a petulância de um lápis,
Escreve que escreve e como escreve o não escrevível.
No meio do caminho, têm vários lápis e poucos escritos.
Tem no meio do caminho um lápis inebriando palavras.

No meio do caminho, têm palavras atônitas,
No meio do poema, têm léxicos ofegantes.
No meio da poesia, têm sentidos aliciantes,
Tudo isto tem no meio do poema e da vida.
No meio do poema tem um extremável lápis
Que grafa com lisura os trejeitos dessa comoção. 








Poesia 
                                Iracema Crateús

Se a poesia falasse,
E se ópera ela cantasse,
Se dela eu precisasse,
E com ela eu dançasse a valsa vianense.
Para as epopeias exaltarmos.

Pedir-lhe-ia que coloridas borboletas colhesse,
E na minha janela elas pousassem,
Para os meus dias enfeitarem,
E os meus sonhos matizarem.

Poetizar é humanizar as aliterações,
É rescindir a tristeza das palavras,
É soltar o sentimento dos verbos,
É desarmar os trocadilhos.
É destroçar as rimas sonoras.

Vai versos e vêm estrofes,
Vai tercetos, quartetos e quintilhas
Para os poemas completarem
E deles me encantarei,
E aos seus desvarios poéticos me entregarei.






MULHERES




                                                        
                                                                                 Iracema Crateús

Meninas- mulheres que entusiasticamente sonham.
Mulheres - meninas que se habilitam a amarem  infinitamente.
Elas se profissionalizam de sentimentos ovantes,
Todas falam, todas riem, todas cantam e se encantam
Com os elementos vitais que lhes são ofertadas diariamente.
Mas também amam, desamam e, reamam de formas intendentes.
Traçam metas surpreendentes para uma caminhada feliz conquistar.
Detêm instintos carismáticos para o mundo se harmonizar.

Esbanjam voluptuosas belezas
Que se antagonizam com as Ninfas medievais,
E ainda apresentam múltiplas habilidades, tais
Como os mais simplórios afagos, porém delirantes
Que brotam brilhos oculares, como lamparinas dos Pirilampos.