25.1.15



Pessoas

Pessoas são produções divinais,
Nelas residem semelhanças corpóreas,
Talvez sejam aparentes as aparências,
Mas não deixam de ser instigantes e cabulantes
As parecenças reais de cada pessoa.

Tem gente, têm pessoas, 
Mas têm seres lindamente conquistáveis,
Têm criações que superaram os prognósticos de seus criadores.
Projetaram-se superiores aos desejos,
E surpreenderam-se a si mesmo.


Pessoas se melhoram a cada dia ou elevam os seus sonhos.
Pessoas riem cada vez mais ou olham cada vez menos para o outro.
Pessoas correm cada vez mais, mas esquecem dos seus sonhos.
Pessoas dançam mais do que deviam, pois choram menos que podiam.
Pessoas leem menos, mas precisam escrever mais e mais.

Pessoas precisam se escreverem para se inscreverem diante dos sonhos.
Pessoas só são pessoas se se bonificarem de virtudes.
Pessoas não podem deixarem de ser pessoas,
Pois pessoas só são pessoas se se melhorarem pelo melhor.
As pessoas só são pessoas se conseguirem ser significantes para os outros. 

Ei, pessoas! Pessoas de cá,
Pessoas de lá 
Pessoas de hoje e de amanhã,
Pessoas que melhoram outras pessoas,
Pois, façam de vocês as melhores dos melhores.

                                     Iracema Crateús













15.4.14

P  A  L A V R A
Quero uma palavra simples e casta,
Que a verdade dela se encante.
Quero uma palavra exuberante,
Que enalteça o sonho e os sonhadores.

Quero uma palavra esplendorosa,
Que possa ser usada com altivez e alegria.
Quero uma palavra sensível,
Para enviar otimismo aos leitores.

Quero uma palavra ostentadora,
Que possa promover uma reflexão.
Quero uma palavra benevolente,
Que alegre a todos.

Quero uma palavra utópica,
Mas que propague um rico realismo à vida.
Quero uma palavra afortunada,
Que enriqueça a todos com uma verde saúde.

Quero uma palavra autêntica e saltitante,
Que enobreça a felicidade.
Quero uma palavra hábil,
Que humanize os textos.

Quero uma palavra viva,
Que felicite paz a todos os poemas.
Quero uma palavra colorida,
Que enfeite e alegre estes versos.

Quero uma esquelética catacrese 
Pois, aos léxicos outros sentidos iremos inferir.                  
Quero uma palavra robusta e um verso ardente
Para este poema completar.



           Iracema Crateús

9.4.14

REDONDILHA DE ANIVERSÁRIO



Viver é preciso,
Rememorar também é preciso.
A maior solenidade da vida é o próprio dia.
É o dia do seu, do meu e do nosso aniversário,
Portanto, celebre, vibre!
Pois, viver é preciso!

É preciso aplaudir a natividade.
Laureia intensamente cada hora, cada dia, mês e ano vividos,
Trafegue garbosamente pelos becos da superação,
Cantarole suavemente as notas propiciadoras de felicidade,
Pois, há lantejoulas nos sonhos para lhe guarnecer de brilho.

Derrube as tristezas,
Afaste as decepções,
Erga os olhos e os faça sorrir,
Se alguma lágrima rolar, acaricie-a,
Faça os momentos diminutos
Os mais significativos da vida.

Respingue coragem e espontaneidade
Sem mutilar as estações primaveris de contentamentos,
Fantasie a luta sem descaracterizar os seus objetivos,
Deleite-se com as metáforas inseridas neste poema,
Pois fazem parte desta comemoração.

Construa sonhos com revestimentos palpáveis,
E reagradeça sempre a Deus por mais vida e mais anos,
Porque feliz estou, feliz sou, feliz serei e feliz permanecerei.
Iracema Crateús


(09.04)

12.10.13

 POEMA   -   Criança


A criança  nasce e permanece  em todos,
Pela essência de alegria,
Pela verdade que se pratica,
Pelo sorriso que  se  oferta,
Pela alegria de sonhar,
Pela singeleza do olhar.
Mas, para  não perder esta criança,
Plante uma roseira todos os dias,
Semeie palavras de entusiasmo,
Inspire serenidade para respirar felicidade.
Não esqueça de brincar,
Não deixe de sorrir,
Não se permita não ser um crianção,
Não  deixe de ter a pureza de uma criança,
Não negue abrigo a uma boa fada no seu coração,
Não se permita não ser feliz.
Não seja adulto divorciado do ser criança.
Nem criança sem a objetividade do adulto.
Ser humano feliz sempre hospeda uma criança no interior.

                                                             Iracema Crateús

1.9.13







SETEMBRO

Setembro já desponta,
Inicia-se a primavera das borboletas amarelas,
O primaveril setembro dos pirilampos,
Os setembrinos vagalumes
Que o lusco-fusco dos sonhos,
Vem alegrar as flores,
Cheirar o límpido das águas,
Abstrair do sonho o dilúculo de cada ser,
Que cresce nos arrebóis da vida.
Vem beija-flores acariciarem os ramalhetes,
Procurando o aroma dos coloridos e o verdejar das maças.
Setembro viés das comemorações,
Setembro, viés dos sonhos, vem nos fazer cantarolar.
Viés de todos viés, vem setembrar a claridade do sol,
Vem setembrar a luz da lua.
Vem setembro enfeitiçar os setembrinos.
Setembro de encantos e cantos vem encantar teu poemeto.
                                    Iracema Crateús

25.8.13







SACOLA FANTÁSTICA DE LEITURA

Ei!  Sacola Fantástica, você vai de braço em braço,
De casa em casa.
Você pernoita com jovens e com famílias.
Você acalenta a curiosidade dos mais inquietos,
Imputa os diversos gêneros e histórias,
Dissipa as dificuldades simples e complexas.
Vai Sacola Fantástica, vai espargindo conhecimento nos seus idos,
Partilha os saberes para construir outros e outros saberes.
Os seus saberes são imensuráveis,
Que você leva e traz,
Para que muitos letramentos sejam construídos.
Você, Sacola Fantástica, laureie- se do louro conhecimento.
Faz-me seguidora deste letramento,
Para que fantasticamente outras leituras,
Você, Sacola Fantástica, possa sempre levar.

                                                                     Iracema Crateús










SÁBADO
O que seria a vida sem o sábado?
O que seria do sábado sem outro dia igual?
O que seria da semana sem o frescor do sábado?
Como seria a sexta feira sem a companhia benevolente do sábado?
Eis, que gênesis tresdobra o poder do dia - dissabte:
“Deus descansou, abençoou e santificou”.
E assim se refaz a semana através destas máximas;
Pois o domingo é o principiante de todas as labutas,
Mal o sol desponta, exala das mãos,
Portanto, alegre-se pelas taciturnas confraternizações
Entre todos os dias semanais:                             
Sábado desestrutura o cansaço;
Segunda quebra o fulgor do sonho;
Terça feira vem tragar a fantasia da labuta;
Quarta feira vem trazer a quinta parte da coragem;
Quinta feira traz a quíntupla alegria pela sua chegada;
Mas, a sexta feira está no sêxtuplo anseio pelo seu encontro,
E sábado?
Ele balanceia o prazer da vida, da alegria, da sua chegada, da sua infinitude.                                                                                             

                                                                                            Iracema Crateús

11.7.13






O   poder    da




De palavra em palavra faz-se um verso.
Vários versos mesmo sem versificação formam uma estrofe.
E em cada estrofe cultiva se um sonho.
A poesia se mistura com os sonhos
Que são as partituras dos poemas.
E a música poética continuará sempre entre a poesia e o poema.
Eis que o sonho se intertextualiza na poesia.
E assim surge a cumplicidade entre a poesia e o sonho
Que acalenta os desejos e as tristezas,
Inseridos nas implicitudes das palavras, dos versos e das estrofes.


IRACEMA CRATEÚS

26.5.13






PALAVRAS
                                                               Iracema Crateús
Palavras têm sabores variados,
A leitura proporciona saborear as palavras.
Ler é degustá-las lentamente para melhor compreendê-las,
É senti-las sinestesicamente e ao mesmo tempo acariciá-las.
Formar parcerias com as palavras é adentrar na sua essência.
A palavra é latifúndio,
A palavra é metalífera,
A palavra é estonteadora,
Faz-se com ela  afago ou talvez um desafogo.
A palavra vence e convence,
A palavra empobrece e enriquece,
A palavra exalta e estala.
Palavra assusta,
Mas também desfaz o susto.
Palavra fecha e abre portas.

E, portanto a palavra inicifinda.

12.5.13


                                           Mãe,                                                    

                  Sinônimo de sabedoria,
                                       de afetividade,
                                       de maternidade,
                                       de desprendimento,
                                       de sensibilidade,
                                       de humildade,
                                       de compreensão,
                                       de doutrinamento,
       
Mas, não pode ser antônimo de grandeza,
                                                           de suavidade,
                                                            de alegria,
                                                            de certeza,
                                                            de felicidade,
                                                            de dignidade,
                                                            de bondade,
                                                             de amizade,
                                                             de coragem,
                                          nem tampouco do amor.
                   E diante das convenções socioculturais  o ser mãe
                       É o didatismo milenar entre todas as atividades.
                           É a fundamentação teórica do amar mais.
                               É  o  amor perfeito que se corporifica.
                                  É a abnegação da parte pelo todo.
                                      E, de um ser por todos os seres.
                                             E de  um sonho
                                              Pela a realização
                                                    Do outro.
                                                                                                                                                   Iracema   Crateús
                                                                                                                               

16.3.13




Ler....

é certeza de conhecimento garantido,
é o progresso no presente e também no futuro,
é a conquista prosperamente ativa,
é a viagem estrategicamente completa,
é o crivo certo das riquezas culturais,
é o entendimento certo de uma leitura certa,
é o aprendizado que se constrói com o mundo icônico.
Iracema Crateús

24.1.13



Aniversário


É a poesia da vida,
É brincar com a imaginação,
Com os sonhos, com a realidade,
Como se brinca com as bonecas,
Dando lhes vidas próprias.

Só que,
As bonecas não choram com o cinza escuro de suas vestes,
Nem com o pão de concreto.
Elas fazem de conta que vivem.
E vivem.

O aniversário é real,
A vida é real,
As bonecas são reais,
A imaginação é real,
Os desejos são reais,
Sabem por quê?
Porque tudo é real.

Aniversário é momento em que se soma.
Somam-se alegrias,
Somam se metas,
Somam-se trajetórias,
Somam-se as felicitações,
Somam-se as amizades.
Amizades que se somam aos anos e, as verdadeiras amizades.
                                                             Iracema Crateús





2.1.13






ESPERANÇA

É uma menina, pequena, grande e moça,
Porque sempre renasce,
Porque tem olhos verdes,
Porque tem asas verdes,
Porque é toda verde.
A esperança se materializa.
As pessoas mais felizes têm esperanças.
As esperanças não têm tristezas.
Nenhuma delas: nem a minha e, nem a que voa.
As esperanças têm alegrias e todas são verdes.
Verde como a própria ESPERANÇA.

Iracema Crateús








Escrevo por não ter nada a fazer no mundo: sobrei e não há lugar para mim na terra dos homens. Escrevo porque sou um desesperado e estou cansado, não suporto mais a rotina de me ser e se não fosse sempre a novidade que é escrever, eu me morreria simbolicamente todos os dias Clarice Lispector



O sonho

Sonhe com aquilo que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
 

As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades
que aparecem em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passaram por suas vidas.

O TEMPO


A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa. 
Quando se vê, já são seis horas!
 
Quando de vê, já é sexta-feira!
 
Quando se vê, já é natal...
 
Quando se vê, já terminou o ano...
 
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
 
Quando se vê passaram 50 anos!
 
Agora é tarde demais para ser reprovado...
 
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
 
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
 
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
 
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
 
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
 
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.

Mario Quintana

23.11.12

Presente

O presente é o real.
O presente é  o atual.
O presente é  a verdade.
O presente é sonhar de forma clara.

Os sonhos não são reais, mas  buscam o equilíbrio.
Os  sonhos alçam voos em conjunto com presente.
Os sonhos carecem de caminhos subterrâneos
Para  explicar os  mais vagos sentimentos. 

Sonhar é  buscar  a destreza do presente, 
É fazer o tempo fechar,
É fazer o sorriso desabrochar,
É fazer o sol aparecer,
É  produzir  imagens enigmáticas,
Mas  mesmo assim não  estagna  o tempo.

                    Iracema Crateús



11.3.12

Não existe alguém
que nunca teve um professor na vida,
assim como não há ninguém
que nunca tenha tido um aluno.

Se existem analfbetos,
provavelmente não é por vontade dos professores.
Se existem letrados,
é porque um dia tiveram seus professores.
Se existe Prêmio Nobel,
é porque alunos superaram seus professores.
Se existem grandes sábios,
é porque transcendem suas funções de professores.

Quanto mais se aprende, mais se quer ensinar.
Quanto mais se ensina, mais se quer aprender.
                                                     Içami Tiba

3.3.12

LEIA CLARICE LISPECTOR:  


Olhe, tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras. 
Sou irritável e firo facilmente. Também sou muito calmo e perdôo logo. 
Não esqueço nunca. 
Mas há poucas coisas de que eu me lembre. 

Clarice Lispector