23.4.09

Vento


Vento cruciante que paira
Sobre a polidez da solidão.
É o mesmo que cresce na imensidão
Dos que circulam vastamente na praia dos sonhos.

Vento norte,
Vento sul,
Vento do meio,
Vento doseio,
Vento de lá,
Vento de Cá.

Vento este, vento aquele, escuro-cinza,
De cor, sem cor, multicor, raio de soinhos,
Brilhos da pele, orvalho da manhã que me cintila.
Vento sílido, vento líquido que me rutila.

Vento vai, vem solidão.
Solidão vai, fica coração.
Vá vento, veloz e virtuoso.

Iracema

4 comentários:

Unknown disse...

Os ventos deste poema sairam do papel e fizeram flamular o véu de poesia que envolve sua alma. Assim podemos ver-te, querida poetisa.
Mais que inspiração, és também meu ponto de apoio para a atividade literária.
Seu filho, Tiago.

Iracema Crateús Palavreia e Versa! disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
- Laysa disse...

[i]esta otimo =D

eu adorei...

Parabens!!!

Wllyssys Wolfgang disse...

Lindo tbm... aliás, todos são.

É impressão minha, ou gostas de anáforas em seus poemas!? hsuahuss

Parabéns!!